Thursday, April 30, 2009

A VIDA JÁ É UM ROQUE... OBS 1

   Concluí que a vida já é um roque. Ou um rock, como queira. Daí, a partir de hoje serão postadas aqui observações sobre esse nosso roquinho de cada dia. Se ajudar em alguma coisa, rOcK...
    E hoje, como observo que sempre acontece com vizinhos, ainda que com o personagem central tenha sido a primeira vez, em mais uma oportunidade de vizinhança, notei a sociofobia que ronda nossos prédios residenciais.
    Já é sabido que ninguém sabe o nome do vizinho de porta do prédio onde mora. Você sabe? Ok, é a exceção que confirma a regra. Mas precisa-se realmente da sociofobia que toma aqueles com quem dividimos corredores?
    Tudo bem que no elevador se siga a regra de cumprimentar, bom dia, boa tarde, boa noite e, logo depois, emendar papo sobre o tempo, sempre observando a regra oculta de que não é permitido entreolhares, sendo todos obrigados a olhar o mostrador de andares. Ou, na ausência deste, deve-se olhar para o chão. Ou para o celular, novo recurso "afasta-papo" à disposição da humanidade e que será alvo de post posterior.
     Não entendo também a regra oculta - quase lei - de que, ao descerem do elevador para saírem pela portaria, os vizinhos - ou condôminos - não poderão deixar o prédio e continuar o papo: sempre um deve se adiantar, jogar um bom dia para o porteiro pegar no ar e, aí sim, sair ligeiro pelo portão. O interessante é que sempre quem sai correndo deixa o portão aberto, como gentileza para quem vem atrás. Ou seja, sabe que o vizinho de prédio com quem dividira a viagem no elevador está ainda vindo. Ou seja II, a missão: Indiretamente, está dizendo que não quer continuar a conversa porquê:
1- Estava desinteressado em qualquer papo
2- O que ficou para trás não passa de um chato
3- Está apressado
4- Tem medo de conversar
5 - t.r.a. (todas as respostas acima)
    Mas hoje percebi uma nova modalidade: tenho novos vizinhos. Um casal e um filhinho recém-nascido. Legal! Ótimo! A vida continua! E a sociofobia também... Pela manhã, ao sair, eles chegavam, tendo a esposa entrado primeiro, com o bebê no colo, e o marido ficado pra fechar a porta. Mesmo tendo passado apressado, virei rapidamente o rosto, falei "Bom dia" e continuei meu caminho. Mas em velocidade suficiente para notar a expressão de espanto do rapaz, que arregalou os olhos, falou "Bom dia", mas olhou... para cima!!!! E fechou logo a porta, com cara de "Nos descobriram!!! E agoraa???!!!!" rsrs. Vai entender...
    Estranho? Isto porque nem falei sobre os antigos vizinhos, que, se notassem que eu estava saindo ao mesmo tempo que eles, voltavam, encostavam a porta, olhavam por uma pequena fresta e, só então, saíam. Às vezes eu voltava, só de sacanagem, fingindo ter esquecido algo, só para obrigá-los a me cumprimentarem... hehe